Sobre as Moedas de Equilíbrio - Uma breve introdução sobre a moeda local de Amphoreus, incluindo uma anedota histórica.
Moedas de Equilíbrio - O Pulsar do Mundo
"'Os mercadores podem ser obcecados por lucro, mas regras são necessárias, independentemente disso, para manter o equilíbrio' - Sacerdote Desconhecido de Talanton"
As Moedas de Equilíbrio, a menor unidade de troca decretada por Talanton, também representam um presente para a humanidade. No mundo atual, as Moedas de Equilíbrio têm a forma de pequenas pedras semelhantes a seixos, que podem ser misturadas com pesos maiores, como argila. Por conta disso, uma única Moeda de Equilíbrio simplesmente não pode ser carregada, e o comércio entre as pólis exige o transporte de dromas para mover quantidades obscenas de moeda. Mas ninguém pode negar que esse método de cálculo linear é, de fato, muito "equilibrado".
A história das Moedas de Equilíbrio remonta ao início da antiga Era Chrysea. Antes disso, as pólis faziam trocas utilizando objetos de adoração aos Titãs, como conchas, penas, blocos de argila vermelha, etc. À medida que os suprimentos das pólis se tornaram mais abundantes, com o aumento da demanda pelo comércio entre as pólis, os comerciantes precisaram urgentemente de um meio comum de troca. O ouro, a prata e outros metais preciosos passaram a fazer parte dessa equação: raros em quantidade de produção, estáveis em valor e eficazes em reduzir a fricção durante o comércio. A partir desse ponto, o comércio entre as várias pólis começou a se concentrar nos metais preciosos. Mas, mesmo o valor facial da moeda de cobre mais leve ultrapassava o custo de um talo de vegetal, o que trouxe muitos inconvenientes para os plebeus.
Durante o desenvolvimento econômico das diversas pólis, muitos metais preciosos fluíam para o mercado a cada ano. Sabemos que a expansão da escala de uma economia depende do apoio de ainda mais moeda circulando. Um comerciante e senhor de pólis rico, conhecido como Midas, elaborou um plano ardiloso explorando exatamente esse conceito: "E se eu possuísse todo o ouro do mundo? Minha pólis não seria inigualável?" Ele rezou a um certo Titã (alguns opinam que foi Georios, outros acham que foi Zagreus, e ainda há os que acreditam que a divindade patrona foi Phagousa, mas isso continua sendo um assunto que fomenta discussões até hoje), adquirindo a habilidade de controlar recursos minerais por meio de rituais sinistros, e consolidando todos os depósitos de metais preciosos de Amphoreus nas montanhas de seu domínio. Ele então anunciou essa circunstância, exigindo que outras pólis se curvassem, ou haveria uma escassez de metais preciosos no futuro.
Mesmo assim, a história sempre encontra um caminho. Após o monopólio dos metais preciosos, as pólis não cessaram seu comércio diário: a pólis de Phagousa coletava conchas, a pólis de Georios coletava pedras, a pólis de Áquila empacotava penas... O povo retornou aos dias do escambo, e a vida seguiu como de costume, foi apenas o comércio interurbano que se tornou insustentável. A ironia era que esses objetos eram portáteis e abundantes, aumentando o entusiasmo das pessoas pelo comércio.
Para amainar essa farsa, Talanton virou a balança, transformando a abundante pedraria em pesos encantados com divindade, estabelecendo-a como a moeda comum em todas as pólis, as atuais Moedas de Equilíbrio, englobando tanto os benefícios quanto as desvantagens dos bens e dos metais preciosos. Com a Balança da Justiça sendo a mais confiável, com a garantia pessoal da divindade, o comércio interurbano foi rapidamente restaurado. Midas enlouqueceu cada vez mais quando foi cercado por Castrum Kremnos, e, eventualmente, se transformou em uma estátua de ouro puro.